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MOSAICO RETRATANDO OS TRÊS REIS MAGOS - RAVENA- ITÁLIA.

ORIGEM: http://poyastro.blogspot.com.br/2014/04/obra-prima-do-dia-arte-bizantina.html

MADELEINE COLAÇO - ALARIDO (DÉCADA DE 1990)

ORIGEM: http://www.museunaif.com/a/mian-naif-uma-viagem-na-alma-brasileira/

MOSAICO E A PINTURA EM PAREDES NAS PRIMEIRAS IGREJAS (SÉCULO IV E V d. C.)

 

A principal característica que une a pintura desse período com a arte Naïf contemporânea é a simplicidade, tanto de materiais, de técnicas e de recursos criativos. O colorido dos temas e o contorno dos personagens são outros pontos em comum com a arte Naïf produzida até hoje. No período de 324 a 390 d.C. já no governo de Constantino, é marcado por profundas transformações na sociedade de Roma.

A pintura deixa de ser algo apenas decorativo e passa a ser um elemento de ilustração doutrinal, nas possibilidades da cor e no desenvolvimento dos temas, que aos poucos vão se afastando da influência das pinturas pagãs de Roma e amplia a possibilidade de novas criações, convertendo os séculos IV e V no grande momento da pintura monumental, que a partir do século  VI se multiplicará ao longo da Idade Média, através das Artes Bizantinas e da sua produção mediterrânea. As cidades de Roma, Nápoles, Milão e Ravena irão se converter nos melhores exemplos da produção dessa arte, e principal fonte de pesquisa, pois podemos encontrar até hoje muitos exemplares do que foi produzido e o que recebeu influências posteriores, principalmente em Ravena, na Itália, que conservou muitas obras produzidas dentro das igrejas.

O culto ao Cristianismo passa a ser liberado, e as igrejas cristãs passam a ser construídas em toda parte, os arquitetos, no início ainda tem uma influência da arquitetura dos antigos templos dos deuses pagãos, mas com o tempo, o culto ao cristianismo exigia novas alternativas e adaptações nas construções das primeiras igrejas. No caso da pintura podemos dizer que as antigas catacumbas de Roma subiram e se ampliaram, agora que a igreja cristã existia e a pintura poderia ser feita em suas paredes o resultado da liberdade de expressão religiosa são as  pintura e a produção de mosaicos nas paredes, ricos em detalhe e no colorido de seus personagens. No início cristo era visto ainda com uma influência dos antigos romanos, como o Bom Pastor de  Almas, mas com o tempo e sofrendo uma influência do oriente, de onde provinha o Cristo, ele passou a ficar com o aspecto que será retratado por muitos séculos e até hoje, com vestimentas mais coloridas, cabelos longos e barba grande.

As Igrejas de Santa Maria Maior em Roma e de Santa Constança guardam ricos mosaicos feitos entre os séculos IV e V d.c. que tem temas de decoração vegetal, com pássaros e frutas, e de Putti ou Cupidos colhendo uvas para produzir vinho, tornando muito próximos dos mosaicos de temas profanos, classificados de Tardoromanos. Na igreja de Santa Maria Maior podemos encontrar os mosaicos com temas mais voltados para a vida de Cristo, com profetas, da virgem Maria e das passagens da vida de Cristo, ainda menino e da condenação com o Cristo já adulto. O colorido, cenas da vida cotidiana e a utilização da escrita dialogam com obras de artistas Naïfs contemporâneos. Locais como o Magnífico Mausoléu de Gala Plácida, o Batistério dos Ortodoxos de Ravena, construído na primeira metade do século V, e o Batistério dos Arianos tem uma rica decoração de mosaicos, que dialogam ente si, pelos temas da vida de Cristo, pelo colorido e pelo contorno de seus personagens, tal como iremos encontrar nas produções de pintura Naïf dos artistas Maria Matheus, Alex Cerveny, Antônio Messias, Lia Mittarakis, no colorido de Chico da Silva, Cézar Campos Filho, Orlando Fuzineli, Madeleine Colaço e em algumas pinturas de D’Ollynda.

Na pintura de Wilma Ramos, por exemplo, podemos ver uma rica variedade de cores ao retratar seus Santos e temas religiosos. Na obra de Ronaldo Pires Vencovsky encontramos outro exemplo da utilização do mosaico na produção de arte Naïf contemporânea ao nos debruçarmos na obra Engenho Central, feita com mosaico provavelmente entre 2005 a 2006, onde retrata o Rio Piracicaba, com o grande Engenho em suas margens, o material utilizado foram restos de azulejos quebrados e colados no suporte de madeira, um painel colorido.

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