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Ivan Rabuzin - Paisagem

ORIGEM: http://www.rabuzingallery.com/

A Arte Naïf pelo Leste Europeu (Século XX)

A arte Naïf é produzida no Leste Europeu em grande escala, isso ocorre pelo fato de que é bem popular e acessível, as pessoas do povo se identificam com as obras e fazem encomendas. No período da antiga União Soviética, nos países que faziam parte do regime, a Arte Naïf era produzida pelos artistas, e comercializada entre os amigos e vizinhos, que consideravam o trabalho do artista como a mais legítima das artes e faziam encomendas de paisagens e retratos, sendo importantes mantenedores da arte, uma vez que a figura do grande colecionador já não existia mais.

No século XX existia um país maior chamado Checoslováquia, que na atualidade se separou e virou República Tcheca, com capital na cidade de Praga, e a Eslováquia ficou com a capital Bratislava, que tem um forte vinculo com a arte Naïf, pois foi lá que em ocorreu duas trienais importantes para a solidificação do termo Naïf.

Em 1966, aconteceu a I Trienal de Arte Popular de Bratislava, na ocasião foram agrupados sob o nome de gênero (A Sugestão da curadoria foi dar um novo nome para a arte Naïf como arte Ínsita, natural, espontânea, Inata) utilizado para denominar toda a criação popular. Foi um primeiro debate de uma nova tentativa de nomenclatura para a então chamada arte Primitiva/Naïf, alguns anos depois o termo foi utilizado novamente em 1972 na III Trienal de Arte Popular de Bratislava. Essa Trienal foi muito importante para a história recente da Arte Naïf contemporânea, pois aconteceram muitos fatos que contribuíram para dar visibilidade a ela. Para que fosse mais valorizada e mais reconhecida por seu valor artístico.

 

O Brasil se destacou ganhando o prêmio de melhor representação nacional. Na ocasião houve uma segunda tentativa de nomenclatura da arte Naïf, pois toda arte “popular” foi novamente reunida sob o nome de Arte Ínsita. Durante a própria Trienal foram debatidos as questões do termo, que foi utilizado após o evento, porém com o passar do tempo e com a globalização da informação, o termo deixou de ser o mais adequado, sendo superado pelo termo anterior Arte Naïf, sendo o termo mais utilizado em eventos internacionais, atendendo uma necessidade atual, mesmo falando em línguas totalmente diferentes, quando se fala Arte Naïf, todos sabem o que é, e acabamos falando da mesma arte.

Em Bratislava ainda encontramos o maravilhoso trabalho de Mária Zilavá, nascida em 1909, ela soube retratar em suas telas as pessoas com roupas típicas do interior, homens de barba, e mulheres com lenços na cabeça, bem ao gosto da região, com influências da cultura hebraica e da cultura russa, mas com cores próprias de Bratislava. O nome de Rabuzim também teve espaço na produção regional no século XX, tendo importante destaque e reconhecimento de seu valor artístico também fora da Europa.

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