Durante muitas exposições feitas pelo grupo Frontispício alguns trabalhos acabaram ficando no ateliê do Zeti Muniz e no meu. Algumas foram doadas, outros compradas e outros já estavam nas famílias por anos. Em agosto de 2012, parte desse acervo esteve em exposição na Quadra de basquete da Vila Industrial, periferia de Mogi das Cruzes - SP, reunido sob o nome de Acervo Sem Parede, evento que levou arte e esporte para a população daquele bairro. 

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No dia 04 de março de 2013, em reunião com artistas e produtores culturais foi fundado oficialmente o Acervo Sem Parede para a criação de um museu que atenda a demanda da Região do Alto Tietê, ainda em local indefinido. Foi criado um Plano Museológico para a criação física do museu num período de três anos. O principal objetivo de se criar uma Pinacoteca para a região é dar acesso para a população a toda produção de arte de artistas da região e de outros estados, gratuitamente.

Naquele momento um morador de cidade de Mogi das Cruzes que deseja ver uma obra de um artista mogiano teria que atravessar a cidade de São Paulo e ir até o MAP de Diadema, onde tinha obras dos principais artistas da cidade. O Acervo Sem Parede conta com mais de 200 obras de arte, entre pinturas, esculturas, documentos, livros e objetos de arte figurativa, valorizando a identidade cultural do povo brasileiro.

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Em junho de 2014 ocorreu a exposição "Brasil&Brazil" na Sala de Exposições da Canoleria Casa di Dante, Centro Cultural Ítalo-brasileiro Casa de Dante, Rua Frei Caneca em São Paulo, com curadoria de Enzo Ferrara, exposição que aconteceu durante o período da Copa do Mundo no Brasil. Esses eventos colaboraram para que o Acervo chegasse a um público maior e cumprisse sua função.

O destaque vai para o acervo de pintura e escultura que conta com obras de grandes artistas como André Lombardi, Nerival Rodrigues, Zeti Muniz, Arieh Wagner, Carmézia Emiliano, Carmela Pereira, Adelaide L. Swettler, Lúcio Bitencourt, Ignácio da Nega, Maurício Chaer, Willi de Carvalho, Darcy Cruz, Efigênia Rollin, Wilma Ramos, E. Coimbra, Ana Denise, José Neves, Conceição Silva, Claudio Arena, Meire Lopes, Selma Ginez, Josinaldo, Verah Salgado, Tânia APF, D. Celeste, Djair Alexandre, Kewedy Bahia, Marco Aurélio de Almeida, Athaide, Raquel Gallena, Helena Vasconcelos, Olga Nóbreba e artistas Anônimos da região de Santo André e Salvador na Bahia.

Hoje a cidade de Mogi das Cruzes tem uma Pinacoteca, mas as obras do Acervo não tem o perfil de trabalho da Pinacoteca de Mogi das Cruzes. A Pinacoteca de Mogi das Cruzes teria que ser criada por Lei votada na Câmara Municipal de Vereadores, para ter sua criação oficializada e o equipamento tivesse um plano museológico e um orçamento próprio para funcionamento, isso garantiria a continuidade da Pinacoteca independente do governo municipal. Como isso não ocorreu, as obras não podem ser doadas para a pinacoteca, que só trabalha com artistas Mogianos, de nascimento ou de residência.

 

Por conta disso o acervo permanece sem parede, mas participa de exposições periódicas, sendo mantido legalmente na Casa Ateliê com a Guarda de Enzo Ferrara.

 

O plano é criar um local fixo para o acervo, como uma fundação, mas isso está em planejamento para 2020. Até lá o acervo participa de itinerâncias em exposições pela região da Grande São Paulo.   

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Abaixo tem destaque para algumas obras arte Naïf, Popular, Acadêmica, Impressionista, Abstrata, Esculturas e outros estilos, técnicas e materiais que fazem parte do acervo permanente: